quinta-feira, 13 de setembro de 2012

(By Gustavo Matheus)

Armando sempre teve duas vidas
uma inteira, outra metade
as duas se mostravam lindas
mas uma delas lhe era prioridade

a preferida cultivou e deixou crescer perto de sí
essa vida não era só sua e certo dia teve que partir
lhe restou o que achava menos importante em sua existencia
negava a todos e a sí, não admitia perder parte de sua essencia

Armando um belo dia se viu a perceber
tudo que agora precisa é voltar a se conhecer
pois poucos como os Armandos existem por ai
embora esse Armando não queira admitir

Tu és nobre além do que se vê
e agora tudo que precisas é estas dentro de você

O que gosto...

Muita gente acha chato, e ficam se perguntando o que tanto vejo no ambiente rural?
É simples, lá, eu não ouço mentiras, não brigo com ninguém, me sinto em paz.

Mas o que mais me atrai além do contado com os animais e as plantas, é o por do sol. Muito estonteante fazer isso. Fico observando ele ainda bem no alto, e bem devagar vai descendo e se escondendo por de traz das montanhas, a brisa leve e suave bate em meu corpo e se eu tiver um pouco de sorte no dia, faço um giro de 180º e observo o nascer da lua cheia, que sobe toda imponente e mantendo a claridade que por hora estaria se perdendo.

A natureza é simples assim, e é por isso que tanto me atrai.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dia do irmão

Não gosto de comemorar esse negócio de dia disso dia daquilo. Aff! Todo dia é dia. Mas me fez lembrar um pouco de minha infância enquanto eu era único. Até meus cinco anos pedi a minha mãe incessantemente para ter um irmão. Lembro-me como se fosse hoje. “Mamãe eu quero um irmão”. E minha mãe sempre dizendo que iria me dar, mas que não estava na hora ainda. E eu sem entender direito a vida, os sofrimentos, as dificuldades, não queria saber disso, eu queria era um irmão. Um amigo um companheiro, uma pessoa pra ficar ao meu lado até o final. Pois bem, logo que mamãe engravidou, eu conversava com o “neném” dentro da barriga toda hora. Tudo era motivo para falar com o neném. Eu já o amava incondicionalmente antes dele estar na barriga. Minha vida seria a vida dele.

Acho que mamãe gostou quando meu irmão nasceu, porque antes dele eu praticamente todos os dias ia dormir entra papai e mamãe aí já sabe neh? Atrapalha. E quando o “neném” nasceu, eu saia da minha cama, entrava em seu berço e ficava deitado ao seu lado, espremidinho, para não ocupar seu espaço, colocava minha mão sobre sua barriga, e ficava sentindo sua respiração, olhando o meu irmão dormindo, em paz, feito um anjo. Pois isso que ele é, um anjo. E não sei porque, sempre me mexi muito dormindo, mas quando estava em seu berço em uma posição apenas ficava, observando sua respiração contagiantemente calma. Meu anjo, meu sonho, minha realidade, meu chão, MEU IRMÃO. Como amo e como me faz falta.

Não sei se hoje em dia tenho uma vida, vou indo, vou seguindo em frente vou tentando levar. Magôo muitos pessoas que gosto, e tenho noção disso. Mas não é porque gosto de ver outros sofrerem. Não sei o que acontece comigo. Mas sei que um dia isso vai acabar, um dia melhorarei. Mas voltando ao meu irmão, se soubesse como sua voz e sua ironia faz falta, sua inteligência e seu poder de perdoar em frações de segundos poderiam tornar esse mundo melhor, ainda assim se não fosse de sua vontade eu não seria feliz. Mas amo, somente e exclusivamente ele.