segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Um salve para o romantismo romântico

Sou um pouco diferente do tempo em que nasci. Sempre vejo, um pai ou um avô buscando ou levando uma criança na escola de bicicleta. Entendo que essa cena possa parecer triste para algumas pessoas, (tadinhos, eles não podem ter um carro) mas para mim existe um romantismo na rotina de amar o amor. Sem medir esforço, fico admirado com a simplicidade do ato, e com o tamanho da cumplicidade dos dois, um pedalando a bicicleta e o menor se sentindo muito seguro e protegido admirando a paisagem, equilibrando-se sem esforço e observando os transeuntes. A dificuldade infla o amor. Talvez a "dificuldade" esteja no que frequentemente vivemos reclamando. Fico imaginando como deve ser linda e cúmplice a vida desses dois que diariamente se equilibram sobre duas rodas nessa vida de desenvolvimento e egoísmo imediatista. Um salve para o romantismo romântico.