quinta-feira, 22 de maio de 2014

O Brasileiro é Bobo e a Copa é a Greve


Nós trabalhadores brasileiros somos realmente bobos, mas não somos bobos porque nascemos assim, somos porque escolhemos ser assim, parece que é mais divertido sofrer e ser feito de palhaço, do que encarar a realidade e evoluir. Nos automanipulamos o tempo todo. Quem não pensou há seis anos atrás que com o evento da copa do mundo (segundo a Globo, o mais importante da história) os nossos problemas iriam terminar, ou pelo menos diminuir? Eu pensei, pensei que os aeroportos iriam melhorar sua logística organizacional, que o investimento na base de todos os esportes iria de fato acontecer, que a saúde iria sair da estaca zero pra estaca 4 no mínimo. Tudo ilusão, de certa forma a culpa é minha, que nada fiz para tentar mudar a realidade, de fato a culpa é sua que sempre quer dar um jeitinho pra levar vantagem de alguma forma. Somos bobos. Aos invés de pensarmos com idealismo real na hora de escolher nossos representantes, pensamos apenas em benefício próprio, e depois queremos resolver o problema da pior forma possível, GREVE.

O brasileiro é bobo e a copa é a greve. Sou patriota, tenho orgulho em ser brasileiro, vou torcer pela minha Seleção e espero que essa nos traga felicidade ou pelo menos honre nossa pátria. Agora eu pergunto: A quem a greve beneficia, pobre trabalhador de qualquer frente de trabalho? Eu não sei até agora a quem a greve beneficiou, mas sei direitinho quem não foi beneficiado com ela. Nós não fomos beneficiados com ela. Quando os motoristas fazem greve, eles prejudicam seus próprios familiares e amigos, que como o grevistas, dependem diretamente do serviço um do outro. A greve dos vigilantes dos bancos, a dos motoristas e cobradores em São Paulo, que deixou cerca de 2 milhões de pessoas literalmente a deriva, entre outras, está prejudicando principalmente quem precisa receber seu dinheiro na boca do caixa, e se locomover para o trabalho, ou seja parentes e amigos dos trabalhadores que estão aderindo a greve. E digo mais, digo a quem essas greves não atingem nem um pouco. Não atingem aos políticos e nem a seus familiares, não atingem aos grandes empresários e outros fidalgos mais de alto calão. Então quando as greves acontecem, eles simplesmente devem abrir seus caríssimos litros de whisky e champanhe, e ficam como o César da antiga Roma, em seus camarotes assistindo ao grande duelo da plebe dentro do Coliseu.