terça-feira, 7 de julho de 2015

Pintar-me em ti

Gostaria de pintar-me em ti
Despido, genuíno, nu
Vestido em suas gotas de seda
Junto ao teu suor de setin, escorregante
Numa gravidade constelar
De estrelas foscas e negras
Em (des)perfumes de fel
No seu mancebo experiente corpo
Atraente, fogo, incandescente
Queimando em meu rígido tição
E assim o fim do infinito findou
Onde restaram apenas o olhar
E o silêncio das palavras.