segunda-feira, 21 de julho de 2014

O poder da oração

Num almoço de domingo que tem se tornado uma milagrosa e linda rotina, eu e minha mãe temos conversado muito. Um almoço a dois, tipo romântico, às vezes três ou quatro ótimas companhias alegram ainda mais o momento. Mas o desse domingo ultimo (20/07), minha mãe me falou sobre o poder que a oração tem. Eu meio que sem entender falei que oração não tem religião, e ela em sua sabedoria cristã concordou comigo. Logo a indaguei o porquê de tal comentário, foi quando ela me explicou e me encheu os olhos d’água.

-- Meu filho, a oração tem poder, porque desde que seu irmão resolveu nos esperar num outro lugar, você transformou sua família e todos que te amam em seus inimigos, e eu sempre orando e pedindo a Deus para tocar seu coração. Ontem no casamento de sua prima Bárbara, eu revi o menino lindo, levado e amável, feliz em está perto da família, sorrindo com cada tio, com cada o primo e com cada agregado. A pouco mais de três anos não o via assim meu filho. Estou muito feliz por Deus ter tocado seu coração. Minhas orações foram atendidas no tempo dele--, disse minha gordinha preferida.

“Passei a noite de domingo pra segunda matutando, sobre a conversa que havia tido, e descobri que minha mãe estava com razão. Agradeço muito a Deus por ter me dado uma família tão linda, tão única e tão diferentes em seus valores e crenças, mas que se respeitam e se amam a cima de tudo. Agora sobre ter transformado os que me amam em meus inimigos, é simples de me explicar, INVEJA. Inveja de ver meu primos com seus irmão brincando, inveja de ver minha tia com seus filhos, meus tios falando dos filhos que Deus havia dado, e que comigo foi diferente. Eu não aceitava tamanho sofrimento. Mas o pior, o que mais me enlouquecia de raiva era ver dois irmão brigando, ou discutindo rispidamente. Ficava pensando, daria meus dois braços e minhas duas pernas só pra ter meu irmão dormindo ao meu lado todos os dias. Daria minha visão só para ouvir sua voz, daria meus sentidos só pra poder abraça-lo. Sinto que estou mais equilibrado, e que ando aceitando o defeito dos outros, mesmo não concordando. Mas sei também que meu equilíbrio é muito frágil, é como um trapezista numa corda bamba, vez o outro vai cair. Mas continuo agradecendo a Deus, pelos meus 25 anos de felicidade, e do resto da vida que dedico e vou dedicar a cuidar de minha família”…